Para quem não sabe, faço jornalismo na UFPI e estou no 4º período do curso. Durante esta etapa, os alunos aprendem as rotinas da produção de um jornal impresso. É o período em que os estudantes começam a entrar em contato com a prática do jornalismo, pois os primeiros períodos estão mais ligados às questões teóricas. No 5º período terei a oportunidade de aprender sobre rádio e no 6º sobre TV. No 7º e 8º vou me preparar para a conclusão do curso.
Comecei a estagiar na área jornalística no início de outubro. Eu trabalhava em um portal de notícias de Teresina, abastecendo-o com notícias dos mais variados campos, retiradas de agências e sites nacionais. Quando algo interessante acontecia aqui, eu colhia as informações e produzia meus textos. Mas eu sentia falta de algo mais.
Na semana passada, sem que eu esperasse, recebi a proposta de ir estagiar em outro portal. Na verdade, a maior intenção desse portal é se constituir como uma TV online. Eu não sabia ao certo o que me esperava, mas decidi arriscar e fui fazer o teste.
Na sexta-feira (14) recebi a resposta de que havia sido aprovada para estagiar no TV Canal 13. Fiquei feliz, porque percebi que eles têm uma boa estrutura e uma equipe muito motivada. Fiquei feliz também porque descobri aquilo que me fazia falta antes: ir pra rua, “dar de cara” com a notícia, falar com as pessoas, entrevistá-las, tirar fotos dos acontecimentos... enfim, não nasci para ficar dentro de uma sala de frente para o computador.
Fiquei feliz também porque descobri que nesse novo trabalho terei a oportunidade de aprender o jornalismo em diversas áreas: portal (com os textos escritos), rádio e TV. Logo no domingo gravei minhas primeiras matérias de vídeo: a cobertura do primeiro dia de vestibular da UFPI, o 2º turno da eleição para o Diretório Estadual do PT e uma resposta do secretário de Saúde (Assis Carvalho) ao senador Heráclito Fortes. Outro fato que me deixa tranqüila, é o de que a empresa que faço parte não depende de órgãos públicos para sobreviver. Muitos sabem que aqui em Teresina a maioria das empresas de comunicação depende do dinheiro governo, da prefeitura, de políticos, para continuar a existir. Assim, o financeiro acaba se sobrepondo ao que é fato e muitos acontecimentos podem não ser noticiados ou distorcidos. Lá não terei esse problema.
Minha visão de jornalismo
Eu não tenho a visão romântica de que o jornalismo é capaz de mudar o mundo. Mas também acho que o jornalista não se deve vender para ele. Alertar as pessoas para a realidade, falar sobre aquilo que nem sempre é lembrado (mas que serve de exemplo para muitas pessoas), mostrar o que há de errado, o que pode melhorar, enfim, abrir a mente das pessoas: essa é minha visão do papel do jornalista. Por mais que seja difícil, esse profissional não pode desistir de fazer isso, senão perde a essência de seu papel. Afinal, a mídia, que se auto-afirma como quarto poder, só o é se o público lhe conceder tal poder. É para esse público que devemos trabalhar.
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