21/07/2008

"Modernidade líquida"

"Estar em movimento não é mais uma escolha: agora se tornou um requisito indispensável"



A frase acima é do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que iniciou a carreira na Universidade de Varsóvia, onde ocupou a área de sociologia geral. Teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da Universidade. Logo em seguida emigrou da Polônia, recostruindo a sua vida no Canadá, Estados Unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular de sociologia da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por 20 anos.

Responsável por uma prodigiosa produção intelectual, recebeu os prêmios Amalfi (em 1989, pelo livro Modernidade e Holocausto) e Adorno (em 1998, pelo conjunto de sua obra). Atualmente é professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia.

Essas informações foram publicadas no livro Identidade - entrevista a Benedetto Vecchi, da editora Zahar. Apesar de ainda não ter lido o livro todo, algumas coisas já me chamaram atenção. O autor refere-se ao termo "modernidade líquida" como sendo algo que coloca as identidades em um processo de transformação que provoca fenômenos como a crise do multiculturalismo, o fundamentalismo islâmico ou as comunidades virtuais da Internet.

Para Bauman, a identidade não pode mais ser tratada pelos instrumentos tradicionais de entendimento. É necessário desenvolver uma reflexão mais adaptada à dinâmica do transitório, que se sobrepõe ao duradouro.

É por causa dessa inconstância que estar em movimento não é mais uma escolha. A todo momento o mundo se transforma, e não podemos ficar parados enquanto as coisas acontecem.

Um comentário:

Carlos Rocha disse...

Parabéns pela postagem, afinal o raciocínio está muito legal. Gostei das suas reflexões a respeito do conceito de movimento na atualidade