27/02/2008

A tecnologia que aproxima

A minha amiga Michelly Carvalho está em Portugal fazendo intercâmbio na Universidade do Minho. No entanto, mesmo tão longe, continuaremos escrevendo artigos juntas e batendo papos sobre diversos assuntos. Ela ainda me mostrou como é o quarto em que ela está dormindo... através do msn!

Vejam só:

16/02/2008

Lixo na rua é questão cultural - Parte II

Explicações

O diretor da Superintendência de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Centro/Norte (SDU), José João Braga Junior, afirma que, pela legislação, cada pessoa que produz o seu lixo é responsável por condicioná-lo de forma a colocar no horário correto para a coleta. “Nós buscamos fazer uma campanha educativa, já fizemos várias vezes junto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semar), mas todo mundo acha hoje que a Prefeitura é a mãe de todos, tem que resolver tudo. Essa é a maior dificuldade que nós temos”, expõe.

“A gente pode passar várias vezes e continua do mesmo jeito”, diz o gari Paulo Sérgio

Segundo o superintendente, já houve casos de multa para comerciantes que depositavam durante o dia, nas calçadas, o lixo proveniente de sua atividade. “Já multamos, principalmente, comerciantes de caldo de cana. Hoje você já acha pouco bagaço de cana na rua. Antigamente todo mundo colocava até que foi preciso notificar e multar. Só então houve essa redução”, observa.

Um dos empecilhos para melhor limpeza do centro, segundo José João, são as áreas ocupadas pelos ambulantes, como o calçadão da Simplício Mendes, da Álvaro Mendes e da Praça Rio Branco. “Essas áreas só são limpas à noite por causa da dificuldade de transitar”, diz. Ele considera satisfatória a condição de limpeza atual do centro de Teresina, “tanto a parte de varrição quanto a parte de coleta. Todos os dias o local amanhece 100% limpo. É um serviço contínuo”.

Alexandre Silveira, gerente de serviços urbanos da SDU Centro/Norte, informa que o expediente de trabalho dos funcionários que fazem limpeza no centro de Teresina é formado por dois turnos: o primeiro é das 7h às 15h e o segundo de 15h a 23h. De 19h a 0h funciona ainda o carro de coleta de lixo na região. O gerente lembra que a Prefeitura disponibiliza 64 garis para a limpeza do centro.

Alexandre Silveira destaca também que em três anos já foram instaladas cerca de 200 lixeiras no centro da cidade. “Além dos lixeiros, os carrinhos dos garis também servem como depósito”, destaca.

Lixo na rua é questão cultural - Parte I

O texto abaixo será publicado na edição 115 do jornal laboratório do curso de jornalismo da Universidade Federal do Piauí. Trata-se de uma matéria feita por mim (Fernanda Dino) e minha colega Renata Silva. As fotos também são nossas. Aqui, em Algumas Leituras, a matéria será publicada em quatro partes.


O lixo acumulado nas sarjetas, no período de chuvas, leva ao entupimento de bueiros e galerias

Vendedor de sandálias, José Wilson, trabalha em frente à Praça Rio Branco, no centro de Teresina há 10 anos. Para ele, o lixo que se acumula próximo à sua barraca atrapalha as vendas. “O lixo espanta as pessoas”, diz ele. Segundo o vendedor, não é suficiente a quantidade de vezes por dia que os garis passam no local para fazer a limpeza. “Antes tinha um pessoal da Prefeitura que passava mais vezes e era mais limpo. Hoje eles só passam duas vezes (ao dia) e acaba ficando mais sujo”, observa o vendedor reclamando do excesso de lixo no centro da capital.

Assim como José Wilson, Manoel Leão, vendedor de água de coco, também reclama do acúmulo de papéis, copos descartáveis, plásticos e diversos materiais espalhados na região central da cidade. Ele passa o dia acumulando cascas de coco ao lado de seu “carrinho” e somente ao final do expediente coloca-as em sacolas e as deposita na esquina da Rua Álvaro Mendes com a Rua Barroso. De acordo com Manoel, somente no início do dia seguinte um funcionário que faz limpeza no centro passa e recolhe o lixo acumulado.

Para o funcionário de uma empresa contratada pela Prefeitura para fazer a limpeza de Teresina, Paulo Sérgio de Sousa, não basta apenas o trabalho dos garis para solucionar o problema do acúmulo de lixo no centro de Teresina. Ele acredita que é necessário mais educação por parte de quem transita no centro da cidade. “A gente pode passar várias vezes e continua do mesmo jeito. Acabamos de limpar e as pessoas já começam a jogar lixo novamente”, queixou-se.

03/02/2008

Desrespeito ao consumidor

O Código de Defesa do Consumidor existe a partir da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e trata das relações de consumo em todas as esferas: civil, definindo as responsabilidades e os mecanismos para a reparação de danos causados; administrativa, definindo os mecanismos para o poder público atuar nas relações de consumo; e penal, estabelecendo novos tipos de crimes e as punições para os mesmos. No entanto, nem sempre os consumidores conhecem de fato os seus direitos e a maioria das empresas não tá nem aí para a existência desse código.

Na semana que passou aconteceram dois fatos que marcaram meu pensamento: o primeiro foi quando fui a um hipermercado de Teresina, membro de uma cadeia multinacional de supermercados. Lá, avistei uma barra de doce de goiaba que me despertou interesse. Fui verificar o preço antes de comprar. Custava R$ 1,07. Ótimo para meu bolso. Até aí, tudo bem.
Confesso que sou uma pessoa desconfiada e, por isso, passei o produto naquelas maquininhas que lêem o código de barras e avisa o preço. Quando fui ver, a barra de doce custava mais de R$ 2. Um absurdo! Lá informava um valor e na máquina outro! Pensei: “talvez a máquina tenha se enganado”. Procurei então um funcionário da empresa.

O funcionário disse que aquele preço que vi na prateleira não era o do doce, não tinha o mesmo código de barra descrito no produto, embora lá tivesse escrito “doce de goiaba” e próximo não houvesse nenhum outro tipo de doce de goiaba. Tudo bem. Apenas devolvi o doce à prateleira. Carlos, que andava comigo, também devolveu os produtos que ele iria comprar.

Por causa de um real mal informado, a empresa deixou de vender quase dez, já que levaríamos outros produtos.

Eu tinha o direito de levar o produto pelo preço informado pela prateleira. Mas como não consegui, tomei a decisão de nunca mais comprar naquele estabelecimento. Pode até parecer besteira “fazer questão por um real”, mas se é de meu direito, faço questão mesmo.

O caso da “antipática virtual”

O segundo episódio foi o que me deixou mais chateada: o tele atendimento de uma empresa de telefonia de celular. Aliás, acho que os serviços dessa empresa são simplesmente imprestáveis, desrespeitosos e diversos palavrões que não gostaria de publicar aqui. O consumidor liga para solicitar informação (ou, no meu caso, para fazer uma reclamação) e é surpreendido com uma “atendente virtual”, que inicialmente diz:

“- Oi! Bom dia! Bem vindo ao novo atendimento **! Eu sou sua nova atendente virtual. Aguarde enquanto eu consulto os dados deste **.”

“Blábláblá” (dados do meu celular, que eu já sei, mas, mesmo assim, ela repete)

A antipática, quer dizer... a atendente virtual começa a fazer uma série de perguntas e eu tenho que responder: sim ou não.



Após uma “conversa” irritante de mais de 50 minutos, talvez eu consiga falar com um ser humano. Se bem que não tem muita diferença entre a antipática virtual (que é uma voz gravada) e um atendente de telefonia dessa empresa, que também já possui as falas programadas, treinadas, ensaiadas, só falta serem gravadas.

Eu tenho direito de ser bem atendida, de ter minhas reclamações ouvidas, de obter os serviços prometidos pela empresa. Mas isso não acontece. Espero quase uma hora para falar com uma pessoa que simplesmente me diz que estou errada. Um absurdo.

Com relação a esta empresa, talvez a deixe. A única coisa que me segura a ela é que sou uma pessoa que só anda “lisa” (sem dinheiro) e precisa de crédito no celular e são as promoções que me garantem isso. As outras empresas de telefonia celular no Brasil também não têm muita diferença. A solução seria eu deixar de usar celular ou montar minha própria empresa de telefonia móvel. Como acho mais complicada a segunda opção, talvez escolha a primeira.