Criado em 2006, o Twitter tem conquistado a adesão de muitos nos últimos tempos, tanto pessoas comuns, como celebridades e políticos. Só entre os meses de fevereiro e abril deste ano, o número de usuários triplicou no mundo.
Quem cria uma conta no microblog tem a possibilidade de responder, na página principal do serviço, à pergunta “What are you doing?” (O que você está fazendo?). Mas as possibilidades parecem não se restringir às respostas ao questionamento proposto pela rede social...
Confesso que assim que conheci o Twitter, no primeiro semestre deste ano, reagi com certa resistência. Achava que era apenas uma “modinha”, era também algo que me deixava confusa, já que eu não entendia bem a lógica.
O Twitter para mim gerava uma “disfunção narcotizante” – adaptando aqui o termo proposto por Lazarsfeld, que pensa no excesso de informação e de entretenimento como algo que “narcotiza” (ou paralisa) a sensibilidade do público. Para o autor, o bombardeio de informações levaria ao alheamento. O excesso de informação culminaria, afinal, numa desinformação.
Mudança de visão
Como estudante de Comunicação Social e pesquisadora em iniciação científica nesta área, eu não posso ter preconceitos com nenhum tipo de nova forma de comunicação, de mudanças no estabelecimento das relações sociais. O ideal é observar e tentar descobrir como e por que isso se estabelece e ainda em que resulta. Foi a partir desta ideia – e de mudança de pensamento – que decidi criar uma conta no Twitter (a propósito, follow me! @fernandadino).
Diversas possibilidades
Fazendo agora parte desse universo, observo que o Twitter não serve apenas como espaço para que os usuários respondam à pergunta “What are you doing?”, simplesmente. Há várias funções e quem acaba escolhendo ou criando qual vai utilizar é o próprio “twitteiro”.
Há quem recorra ao microblog para se autopromover, como é o caso de políticos ou até mesmo de pessoas comuns que divulgam seu dia-a-dia – se foi ao cinema, que filme assistiu, que livro leu, que hora foi ao banheiro, pra onde viajou ou pra onde vai viajar(ninguém vai revelar informações íntimas por acaso...).
Há quem utilize o serviço para divulgar notícias, como acontece com portais de notícias. Há aqueles que buscam pautas no Twitter, como jornalistas, que seguem perfis de fontes em potencial. Há quem use o serviço para fazer novos contatos na sua área de atuação, de conhecimento ou de afinidade, como acontece com quem gosta de discutir sobre futebol ou fórmula 1. Há até mesmo quem use o Twitter para fazer fofoca e falar mal dos outros.
Escolhas
Ao mesmo tempo em que pode sim gerar uma “disfunção narcotizante” o Twitter pode também ser uma ferramenta útil para quem sabe utilizá-la. Quando o usuário escolhe a quem vai seguir, escolhe também de qual (quais) utilidade (s) irá tirar proveito. Por enquanto, eu, que quase não posto nada no Twitter (geralmente coloco links para este blog... acho então que uso para autopromoção! rsrs) preferi escolher por um objeto a mais para analisar!
Um comentário:
Estou também entre os que eram resistentes ao Twitter porque também não via utilidade na ferramenta. Hoje vejo que é muito uma questão de quem você segue e o que se propõe a ver, assim como outras redes vai ter coisas boas e ruins. Parece que o twitter veio mesmo para ficar. Parabéns pela análise!
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