01/03/2008

Lixo na rua é questão cultural - Parte III

Iniciativas

Quando perguntado sobre a realização de campanhas de conscientização para o correto armazenamento do lixo, José João Braga Junior , superintendente da SDU Centro/Norte, fala que o trabalho de desenvolver campanhas educativas é contínuo, mas lembra que se trata de uma mudança de cultura, algo que não é fácil modificar nas pessoas.


Segundo o superintendente da SDU Centro/Norte, o trabalho de desenvolver campanhas educativas é contínuo, mas lembra que se trata de uma mudança de cultura, algo que não é fácil modificar nas pessoas.


Uma das saídas para o lixo proveniente do centro da cidade seria a reciclagem e o reaproveitamento do mesmo. No entanto, segundo José João Braga, uma das campanhas promovidas pela Prefeitura de Teresina, a de coleta seletiva em janeiro 2006, não obteve resultados satisfatórios. “Foi feito mídia na televisão, panfletagem para as pessoas colocarem o lixo orgânico separado do lixo reciclado e foi dito a data que o caminhão de coleta seletiva passava. Em dezembro de 2006 a Prefeitura extinguiu o programa, porque não houve uma conscientização em massa. O custo que a prefeitura tinha com esse projeto era muito maior que o valor arrecadado com o lixo reciclado. A quantidade era tão mínima que não valia a pena continuar fazendo esse serviço”, lamenta.

O superintendente fala que não há em Teresina projetos da Prefeitura para reaproveitamento do lixo coletado, mas existem iniciativas à parte, como a da Associação de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Resíduos, Ascamares. “Existe essa associação, que faz coleta de lixo reciclável. A parte de papelão eles mesmo já retiram. No centro, existe uma grande quantidade de papelão. A associação mesma recolhe, ela cuida da parte de venda e reciclagem”, observa. José João diz que está sendo estudada a possibilidade de estimular a associação. “Eles têm mais interesse que isso funcione, pois é para sobrevivência deles. Estamos estudando uma forma de financiar os catadores para que eles adquiram o próprio caminhão e comecem a trabalhar isso devagar, bairro por bairro”, ressalta.

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